quinta-feira, 3 de novembro de 2022

NELSON PIQUET PARTICIPA DE ATO BOLSONARISTA E PEDE 'LULA NO CEMITÉRIO'

Apoiador de Bolsonaro, tricampeão de F-1 comparece a ato contra a derrota do presidente na disputa para a reeleição: ex-piloto chegou a ajudar na campanha.

O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, de 70 anos, participou das manifestações bolsonaristas contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa à reeleição.
Um vídeo do tricampeão mundial de Fórmula 1 ao lado de um apoiador do presidente começou a circular nas redes sociais na tarde desta quarta-feira.
"Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora", diz Piquet no vídeo.
Ao fim da gravação, o eleitor de Bolsonaro repete o lema do presidente, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", e o ex-piloto completa a frase dizendo "E o Lula lá no cemitério", seguido de um palavrão.
Piquet é um dos esportista do Brasil que declararam posição nas eleições para presidente, assim como Neymar.
Piquet chegou a fazer uma doação de R$ 501 mil para a campanha de Bolsonaro.
A informação, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio a público no fim de agosto, transformando o corredor e empresário no maior doador "pessoa física" da campanha do presidente à época.
Ainda em agosto, a empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura, já no governo atual.
A parceria veio apesar de a empresa dever R$ 6,3 mil em impostos.
RACISMO
Recentemente, Nelson Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Lewis Hamilton, em um vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente neste ano. 
Na gravação, é possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen — namorado de sua filha, Kelly Piquet — durante o Grande Prêmio de Silverstone, na Inglaterra.
Na ocasião, Piquet ainda comparou a batida entre os pilotos da Mercedes e da Red Bull com a polêmica colisão de Ayrton Senna e o francês Alain Prost, principal rivalidade da Fórmula 1 no passado.
O caso de Senna ocorreu na largada do GP do Japão, em 1990, que garantiu o título daquele ano ao brasileiro.
"O Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comparou.
Em julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal recebeu uma ação civil pública contra Piquet pelos comentários racistas e homofóbicos direcionados a Lewis Hamilton, que estará em Brasília neste mês sendo homenageado.
O documento foi protocolado por quatro entidades, que pediram uma indenização no valor de R$ 10 milhões ao tricampeão brasileiro.
(Por Terra)

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