quarta-feira, 26 de abril de 2023

MORAES QUER QUE PL DAS FAKE NEWS INCLUA SUSPENSÃO IMEDIATA DE PERFIL QUE DIVULGA INFORMAÇÃO FALSA

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira (25/04) com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para apresentar sugestões de emendas ao projeto de lei (PL) das Fake News.

No rol das novas medidas, Moraes quer que as redes sociais suspendam perfis, contas ou canais considerados produtores “sistemáticos” de desinformação e publicadores “contumazes” de informações falsa, sem que seja necessário notificar esses usuários da medida adotada.
Os provedores deverão, sob pena de responsabilidade civil e administrativa, indisponibilizar imediatamente conteúdos e contas, com dispensa a notificação aos usuários, se verificarem ou existir dúvida fundada de risco”, sugere o texto do documento apresentado por Moraes.
Moraes ainda detalha que devem ser considerados riscos o compartilhamento de “condutas, informações e atos democráticos”; notícias falsas contra o processo eleitoral; “grave ameaça” ou incitação de violência física contra funcionários públicos; publicações que ameacem a “infraestrutura física do Estado” ou que peçam a “abolição violenta da democracia”; e postagens que promovam racismo, homofobia, ideologias nazista, fascista ou odiosa contra minorias políticas e sociais.
A versão atual do PL apenas prevê que as plataformas adotem um protocolo de segurança, no prazo de 30 dias, caso sejam identificados riscos em conteúdos publicados.
O projeto está sob a relatoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que propõe regras de moderação das informações compartilhadas nas rede sociais e a regulação das atividades das empresas que gerem esses espaços.
A sugestão de coibir preconceitos e ideologistas extremistas nas redes já havia sido apresentada por Moraes na semana passada em reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir com chefes de Poderes, governadores e prefeitos formas de combater a escalada de atentados a escolas. 
Na ocasião, o presidente do TSE disse que as redes sociais “lucram” com a violência e precisam pagar pelos efeitos gerados por esses conteúdos.
Em sua ofensiva contra a desinformação no ambiente digital, o presidente do TSE também quer responsabilizar as empresas de tecnologia.
Moraes pretende obrigar as companhias a pagar multa de R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora em caso de descumprimento de decisão judicial que imponha remoção de conteúdo.
A versão atual do texto determina que as multas oscilem entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.
A nova redação proposta pelo TSE ainda prevê que o PL das Fake News proíba a veiculação de propaganda paga nas redes sociais nas 48h que antecedem e sucedem as eleições.
(Do Estadão)

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