quinta-feira, 6 de abril de 2023

O SIGNIFICADO DOS DIAS DA SEMANA SANTA

Saiba o significado de cada dia da Semana Santa celebrada pelos católicos.
A semana Santa começa com o Domingo de Ramos e se encerra com o Domingo de Páscoa.

DOMINGO DE RAMOS
O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.
Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento.
SEGUNDA-FEIRA SANTA
Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João.
Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida.
Está cada vez mais próximo o desenlace da crise.
TERÇA-FEIRA SANTA
A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia.
Estamos na hora crucial de Jesus.
Cristo sente, na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor.
No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa.
Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro.
QUARTA-FEIRA SANTA
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa “Procissão do Encontro” na Quarta-feira Santa.
Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores.
Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho.
O padre proclama o célebre “Sermão das Sete Palavras”, fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.
QUINTA-FEIRA SANTA
Santos óleosUma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias.
São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. 
É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pésO Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus.
Instituição da EucaristiaCom a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.
A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócioA Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26).
Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.
SEXTA-FEIRA SANTA
A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário.
A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança.
Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. 
Via-sacraAo longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.
A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós.
Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.
SÁBADO SANTO
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”.
Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa.
A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa.
O próprio Jesus está calado.
Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado.
Depois de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?”, Ele cala no sepulcro agora.
Descanse: “tudo está consumado!”.
Vigília PascalDurante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição.
Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.
A celebração acontece no sábado à noite.
É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção do fogoFora da Igreja, prepara-se a fogueira.
Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo.
Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote.
Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.
Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo.
Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio PascalAs luzes da igreja devem permanecer apagadas.
O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”.
Todos respondem: “Demos graças a Deus!”.
Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja.
O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.
Proclamação da PáscoaO povo permanece em pé com as velas acesas.
O presidente da celebração incensa o Círio Pascal.
Em seguida, a Páscoa é proclamada.
Liturgia da PalavraNesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.
As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas.
A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).
DOMINGO DA RESSURREIÇÃO
É o dia santo mais importante da religião cristã.
Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.
Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.
A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos.
Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.
(Por: Ascom Com informações da CNBB)

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