quarta-feira, 10 de abril de 2024

CÂMARA APROVA O PROJETO QUE RETOMA COBRANÇA DO DPVAT PARA MOTORISTAS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (09/04) a recriação do seguro para vítimas de acidente de trânsito, conhecido como DPVAT.

Foi incluído no projeto um artigo estranho ao tema, chamado de "jabuti" no jargão legislativo.
Esse trecho permite a antecipação da análise de receitas do governo federal do segundo para o primeiro bimestre deste ano.
Na parte relacionada ao DPVAT, um dos pontos é que o seguro passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT).
O SPVAT funcionará como um seguro obrigatório para indenizações de danos causados por veículos ou por suas cargas. Deve ser pago por todos os donos de veículos.
A cobrança do DPVAT foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.
A última vez que os donos de veículos pagaram o DPVAT foi em 2020.
Desde 2021, a gestão do saldo passou da seguradora Líder para a Caixa Econômica Federal.
No início deste ano, entretanto, o governo anunciou que os recursos estavam acabando.
Com isso, enviou um projeto de lei complementar ao Congresso para recriar o seguro.
Entre as justificativas, o governo afirmou que "decorridos praticamente três anos de funcionamento do seguro obrigatório em regime emergencial e transitório, faz-se necessário estabelecer novas bases legais para assegurar de forma perene e sustentável e adequada para as vítimas de trânsito".
VALORES E REGRAS
O principal ponto de interesse dos motoristas ainda não foi definido: o valor a ser cobrado pelo seguro será estabelecido após a aprovação do projeto pelo Congresso.
O texto ainda será analisado pelo Senado.
A cobertura do novo seguro vai gerar indenização por morte, invalidez permanente, total ou parcial, e reembolso de despesas com assistências médicas, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas que possa ter desenvolvido invalidez parcial.
Os valores das indenizações serão estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados.
O fundo seguirá sendo gerido pela Caixa.
O seguro será pago para todos que apresentarem prova do acidente e dos danos que ele causou, não importando se foi causado com ou sem intenção.
O projeto também traz uma mudança ao passar a destinar entre 35% e 40% do valor arrecadado pelo fundo aos municípios e estados onde houver serviço municipal ou metropolitano de transporte público coletivo.
AVALIAÇÃO DE AMPLIAÇÃO DE RECEITAS
Com o “jabuti” aprovado junto com a texto do DPVAT, o governo conseguirá antecipar a execução de gastos extras ao Orçamento.
Pelas regras do arcabouço fiscal, aprovado no ano passado, o governo só poderá fazer essas despesas extras caso seja verificado um aumento de receitas - em relação ao inicialmente previsto nas contas do ano - no relatório de avaliação do Orçamento relativo ao segundo bimestre.
Esse relatório será divulgado em 22 de maio.
(Do g1)

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