O Laboratório de Análise de Imagens e Sinais (LAIS) do Núcleo de Tecnologias Estratégias em Saúde (Nutes) da UEPB desenvolveu um aplicativo que utiliza inteligência artificial através de modelos de aprendizado de máquinas para rastrear e classificar câncer de pele.
O aplicativo, que está disponível para
smartphones, tem o objetivo de servir como uma ferramenta de apoio ao
diagnóstico para profissionais de saúde.
Trata-se do software “Derma: Sistema de
Diagnóstico assistido por Computador - DERMA SDAC”, que foi desenvolvido pelo
coordenador do LAIS, professor Robson Pequeno de Sousa, do Departamento de
Computação da UEPB, em parceria com os pesquisadores do Nutes José Alberto
Souza Paulino, Aleksandro da Costa Fabrício e Luís Thiago Costa Henrique.
O uso da tecnologia tem o potencial de
acelerar significativamente o processo de diagnóstico, o que é crucial para um
tratamento eficaz, especialmente em localidades onde o acesso à dermatologistas
é limitado.
Como o tempo é um fator crítico para o
prognóstico do paciente, o uso dessa tecnologia por meio de um smartphone
conectado à internet é capaz de fornecer as primeiras informações sobre as
lesões na pele.
O aplicativo pode ser integrado a
programas de rastreamento de câncer de pele, permitindo um monitoramento mais
eficaz em larga escala e uma resposta mais rápida em casos suspeitos, além de
apoiar ações estratégias de gestão.
Nesta fase de desenvolvimento, a
ferramenta já é capaz de alcançar um nível de exatidão nos diagnósticos em
torno de 92% na distinção entre lesões benignas e melanomas, o que evidencia um
excelente desempenho no rastreamento desse tipo de câncer de pele.
Como melhoria do aplicativo, a equipe de
desenvolvimento estuda a incorporação de outros tipos de lesões cutâneas,
ampliando o potencial dessa ferramenta para diagnósticos dermatológicos mais
abrangentes.
O registro do software foi protocolado
pela Coordenação de Inovação Tecnológica (INOVATEC) da UEPB junto ao Instituto
Nacional de Propriedade Intelectual (INPI)
DADOS
NO BRASIL
No Brasil, o melanoma representa um
grande desafio de saúde pública. Segundo o Instituto Nacional de Câncer, em
2022, 30% de todos os diagnósticos de câncer no país são de pele, sendo o
melanoma o mais letal.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia
Oncológica ressalta que “a fase em que o melanoma
é descoberto costuma ser decisiva para o sucesso do tratamento e para que sejam
maiores as taxas de sobrevida em cinco anos” (SBCO, 2023).
(Hora Agora)
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