A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
As acusações fazem parte das alegações
finais apresentadas na ação penal que apura a tentativa de ruptura
institucional planejada pelo núcleo próximo ao ex-presidente.
Segundo a PGR, Bolsonaro liderou uma
organização criminosa armada voltada a desacreditar o sistema eleitoral,
incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção.
OS CRIMES ATRIBUÍDOS A BOLSONARO:
Organização criminosa armada (Lei
12.850/2013)
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal)
Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M
do CP)
Dano qualificado contra o patrimônio da
União (art. 163, parágrafo único, do CP)
Deterioração de patrimônio tombado (Lei
9.605/1998)
Outros réus no processo
A PGR também pede a condenação de
ex-ministros, militares e aliados próximos de Bolsonaro.
Alexandre Ramagem (ex-diretor da
Abin e deputado federal):
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Golpe de Estado
Almir Garnier (ex-comandante da
Marinha):
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Tentativa de golpe de Estado
Dano qualificado contra o patrimônio da
União
Deterioração de patrimônio tombada
Anderson Torres (ex-ministro da
Justiça)
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado contra o patrimônio da
União
Deterioração de patrimônio tombado
Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
Organização criminosa armada
Braga Netto (ex-ministro da Defesa
e candidato a vice de Bolsonaro):
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Tentativa de golpe de Estado
Dano qualificado contra o patrimônio da
União
Deterioração de patrimônio tombado
Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro
da Defesa)
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado contra o patrimônio da
União
Deterioração de patrimônio tombado
Mauro Cid
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro
Cid é tratado como réu colaborador.
A PGR reconhece que ele contribuiu para o
esclarecimento da estrutura da organização criminosa, mas afirma que ele
cometeu omissões relevantes.
Por isso, o Ministério Público pede que
ele receba redução de 1/3 da pena, mas não seja beneficiado com perdão
judicial.
As acusações ligadas a Cid, ainda que
mitigadas pela colaboração, incluem participação no planejamento de golpe de
Estado, ataques às instituições (como STF e TSE) e disseminação de mentiras
sobre o sistema eleitoral.
(Do g1)
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