sábado, 20 de setembro de 2025

MINOTAURO: O CHAVEIRO QUE SE TORNOU O MAIOR LADRÃO DE CASAS DE LUXO DO BRASIL

A Polícia Civil prendeu na sexta-feira (19/09) Diego Fernandes de Souza, conhecido como Minotauro, apontado como o maior ladrão de casas de alto padrão do estado de São Paulo.

O criminoso, de 40 anos, foi capturado em Paraisópolis, na Zona Sul da capital, durante uma operação que também recuperou 20 obras de arte roubadas, entre elas dois quadros de Alfredo Volpi avaliados em cerca de “6 milhões de reais”.
Segundo os investigadores, as obras estavam escondidas em um imóvel usado pelo suspeito e embaladas em plástico-bolha.
Parte do material roubado vinha sendo vendida desde 2021 no mercado informal por até “150 mil reais”.
Hoje foram localizados 20 quadros. Dois deles avaliados em cerca de ‘3 milhões de reais’ cada. O morador da casa que guardava as obras também será preso por receptação”, afirmou o delegado Fábio Sandrin, responsável pela investigação.
O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, disse na sexta que a prisão surpreendeu — o criminoso estava foragido por roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de armas.
Para ele, que acompanha os casos envolvendo roubos deste tipo, Minotauro é o maior ladrão do país.
Ele é o maior bandido que conheço, o ladrão número 1 de São Paulo, o maior do Brasil”, declarou.
Conforme as investigações, ele liderava quadrilhas especializadas em assaltos em casas de luxo, principalmente na região do Morumbi, na Zona Sul, devido à proximidade geográfica com a favela de Paraisópolis, onde vivia e armazenava as cargas roubadas.
CARREIRA NO CRIME
Natural de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, Minotauro tem antecedentes por porte ilegal de arma, roubo e furto em residências e condomínios de alto padrão.
O nome dele aparece em ao menos 14 inquéritos desde 2016.
Na época, Minotauro atuava apenas como “chaveiro” das quadrilhas, abrindo portas para que os comparsas entrassem nos imóveis de luxo.
Com o tempo, decidiu montar sua própria equipe e passou a coordenar os assaltos.
Ele viu que como chaveiro não teria êxito na vida do crime e decidiu fazer os roubos ele mesmo, montar a própria equipe.”, disse o delegado Sandrin.
Segundo a polícia, Minotauro se consolidou como mentor das quadrilhas, fornecendo logística e coordenando os crimes.
Em muitos casos, ele nem precisava estar presente nas ações.
"Ele coordenava e fornecia a logística para ações criminosas, porque ele sabia que a gente estava cada vez mais próximo [da prisão dele]", afirmou o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) Clemente Calvo Castilhone Júnior.
Ainda segundo o delegado, o suspeito era violento com as vítimas que rendia durante os assaltos.
"Ele [Minotauro] amarrava as pessoas e batia [nelas]. Em algumas ações, ele não estava presente, mas coordenava as equipes. Mesmo não tendo uma presença física, planejava e dava início à execução com seus comparsas", disse.
IMPACTO DA PRISÃO
Foragido por roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de armas, Minotauro foi detido em Paraisópolis e é suspeito de ter participado da tentativa de assalto a um condomínio no Morumbi, horas antes.
A participação dele neste roubo ainda será confirmada pela polícia.
O crime foi frustrado com a chegada da Polícia Militar, acionada pelos moradores do bairro.
Câmeras de segurança registraram a ação.
Após a prisão do criminoso, a Polícia Civil afirmou acreditar que os índices de roubos a residências na capital pode até diminuir.
Com certeza a prisão do Minotauro vai desmantelar essa quadrilha e abaixar os índices de roubos de casas em São Paulo”, disse o delegado do Deic Clemente Calvo Castilhone Júnior durante entrevista a jornalistas na sexta.
A operação foi conduzida pela equipe da 4ª Delegacia do Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
(Do g1)

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