quinta-feira, 25 de setembro de 2025

POLÍCIA DESMONTA QUADRILHA DE TELEMARKETING QUE COBRAVA POR "MILAGRES"

Policiais civis da delegacia de Niterói, em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro, realizaram uma operação nesta quarta-feira (24/09) contra golpistas que se passavam por pastores.

Os criminosos cobravam até "1.500 reais" para fazer orações e operar milagres.
Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão por crimes como estelionato, falsa identidade, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Luiz Henrique dos Santos Ferreira, o Pastor Henrique Santini, é tido como chefe do esquema.
MODO DE FUNCIONAMENTO
A quadrilha atuava em todo país via central de telemarketing.
As investigações da Operação Blasfêmia foram iniciadas em fevereiro deste ano e revelaram uma organização sofisticada, com dezenas de atendentes contratados por meio de anúncios em plataformas on-line de vendas.
Uma vez contratados, eles eram orientados a se passar por um líder religioso de uma igreja em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro, durante atendimentos via WhatsApp.
A quadrilha utilizava áudios previamente gravados com promessas de curas e milagres, condicionadas à realização de transferências bancárias via Pix.
Os valores cobrados variavam entre R$ 20 e R$ 1,5 mil conforme o “tipo de oração” oferecida.
Para dificultar o rastreamento, havia uma rede de contas bancárias registradas em nome de terceiros.
De acordo com as investigações, mais de R$ 3 milhões foram movimentados em um período de dois anos.
Os atendentes recebiam comissões proporcionais à arrecadação semanal e eram submetidos a metas de desempenho.
Aqueles que não atingiam o valor mínimo estipulado eram dispensados.
Ao todo, foram flagradas 42 pessoas realizando os atendimentos. 
Os policiais apreenderam 52 telefones, 6 notebooks e 149 cartões pré-pagos de telefonia móvel.
Até o momento, o falso pastor e outras 22 pessoas foram denunciados.
A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias, sequestro de bens e o uso de tornozeleira eletrônica para o pastor Santini.
(Agência Brasil)

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