quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

JUSTIÇA DA ARGENTINA AUTORIZA EXTRADIÇÃO DE CASAL DA BRAISCOMPANY

A Justiça Federal na Paraíba confirmou, nesta quarta-feira (03/12), que a Justiça Argentina deferiu o pedido de extradição de Antônio Neto e Fabrícia Campos, proprietários da empresa Braiscompany, mas acrescentou que decisão ainda não é definitiva, já que a defesa do casal pode entrar com um recurso no país em território argentino.

Até o momento, não há previsão para o retorno do casal ao Brasil.
Antônio e Fabrícia foram detidos em fevereiro de 2024, depois de passarem um ano foragidos.
Desde então, permanecem em prisão domiciliar enquanto o processo de extradição tramita na Justiça argentina.
Com a autorização concedida, o procedimento segue para as etapas finais, mas a extradição só será efetivada após o julgamento de eventuais recursos e da definição da data de transferência para o Brasil.
O casal teve uma filha na Argentina, nascida em 29 de julho de 2025.
Antônio Inácio Neto e Fabrícia Campos estão em prisão domiciliar na Argentina.
O casal fugiu de carro para o país vizinho após as autoridades no Brasil terem aprofundado a investigação contra ambos na gestão da Braiscompany.
Os líderes da pirâmide financeira respondem pelos crimes de organização criminosa, negociação irregular de valores mobiliários, operação irregular, gestão fraudulenta, apropriação indébita e lavagem de capitais.
CONDENAÇÃO E FUGA
A Justiça Federal condenou em fevereiro do ano passado Antônio Neto a 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, a 61 anos e 11 meses.
A decisão, do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, ainda conta com a condenação de mais oito pessoas ligadas ao caso.
A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas.
O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.
Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes.
Em fevereiro de 2023, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Antônio Neto e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que tentaram ser cumpridos na Operação Halving em fevereiro.
O casal, no entanto, fugiu.
Em março de 2024, foram presos na Argentina.
O casal estava morando junto com seus filhos em um condomínio fechado chamado Haras Santa María na cidade de Escobar, local onde foram presos em uma operação da Interpol.
Fabrícia Campos conseguiu o direito de responder em prisão domiciliar o logo no mesmo dia, benefício obtido por Antônio Inácio alguns meses depois.
(Por www.renatodiniz.com)

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