quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

MULHER É AGREDIDA POR HOMEM, VIOLÊNCIA É FILMADA, MAS ELA “DEIXA PRA LÁ”

Uma mulher foi esbofeteada, depois chutada e ainda sofreu golpes de capacete num posto de gasolina em São José dos Ramos, no Agreste/PB, na noite desta terça (16/12).

Tudo foi registrado por uma câmera de monitoramento do estabelecimento, mas não deu em nada, ou não vai dar em nada.
Conforme a Polícia Civil, a vítima da violência, não quis representar contra o agressor.
As imagens repercutiram de tal maneira que o repúdio foi imediato.
O delegado Roberto Wagner de Carvalho Junior esclareceu toda situação para que não haja dúvidas no que se refere às providências por parte da PC.
Em nota aos jornalistas, ele adiantou que “assim que tomamos conhecimento das imagens do fato através da imprensa, ainda na noite de 16 de dezembro de 2025, esta Delegacia iniciou diligências ininterruptas para a identificação e localização da vítima e do suposto agressor”.
Noutro trecho ele informa que “na manhã de hoje, 17 de dezembro, equipes policiais localizaram a vítima, que foi conduzida à Unidade Policial para prestar esclarecimentos e receber o suporte necessário”.
Na Delegacia, o delegado afirmou que a vítima esclareceu formalmente que “‘o episódio não se tratava de violência doméstica’, inexistindo vínculo que atraia a aplicação da Lei Maria da Penha. Ressalte-se que a vítima foi submetida a Exame de Lesão Corporal, o qual não constatou vestígios de lesões físicas”.
O delegado Roberto Wagner esclareceu também que “é importante informar à sociedade que, no ordenamento jurídico pátrio, para casos em que não há lesão corporal grave ou contexto de violência doméstica específica, o início da persecução penal depende da representação (manifestação da vontade) da vítima. No caso em ‘tela’, a vítima manifestou, de forma livre e consciente, a vontade expressa de não representar criminalmente contra o autor.”
Noutro trecho Ele informou que “diante da ausência de amparo legal para o prosseguimento da investigação sem a vontade da ofendida, foram formalizadas as peças inquisitoriais cabíveis. O procedimento agora aguarda o transcurso do prazo decadencial para eventual retratação ou a consequente extinção da punibilidade”.
Por fim, o delegado acrescentou que “reiteramos o compromisso da Polícia Civil em servir como um porto seguro e espaço de amparo para todas as mulheres. Enfatizamos a importância fundamental de que qualquer vítima de violência procure imediatamente esta Delegacia para o registro formal da ocorrência, garantindo assim a celeridade e a eficácia das investigações no combate à impunidade”.
(por www.renatodiniz.com)

 

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