A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) divulgou, nessa quarta-feira (17/12), o Alerta Epidemiológico nº 5, que informa a ocorrência de caso suspeito de raiva humana no estado e reforça a necessidade de vigilância ativa, notificação imediata e adoção das medidas de prevenção e controle previstas nos protocolos do Ministério da Saúde.
A raiva é uma doença infecciosa aguda, de
evolução grave e letalidade próxima de 100% após o início dos sintomas
clínicos, transmitida principalmente pela saliva de animais infectados, por
meio de mordidas, arranhões, lambeduras ou contato com mucosas e pele
lesionada.
A SES reforça que toda situação de
exposição deve ser prontamente avaliada nos serviços de saúde, garantindo a
indicação adequada das medidas de profilaxia pós-exposição, que são eficazes
quando iniciadas oportunamente.
Em situações de mordida, arranhão ou
contato suspeito, a orientação inicial é lavar imediatamente o local do
ferimento com água corrente e sabão, de forma abundante.
Caso estejam disponíveis, podem ser
utilizados antissépticos como clorexidina ou iodo, sem substituir a necessidade
de avaliação em serviço de saúde.
De acordo com a infectologista da SES,
Júlia Chaves, a conduta adequada depende do tipo de animal envolvido, da lesão
e da gravidade do caso.
“A primeira medida é lavar bem o
local com água e sabão. Em seguida, é fundamental procurar atendimento médico.
Quando se trata de animais silvestres, como sagui, macaco, raposa, guaxinim,
coati, gambá, capivara, cachorro-do-mato ou morcego, a orientação é buscar
atendimento imediatamente após qualquer mordida ou arranhão”, explicou.
A médica destacou ainda que, nos casos
envolvendo cães e gatos, a conduta varia conforme o estado do animal.
“Se o animal apresentar
comportamento estranho, sintomas neurológicos ou sinais de doença, a pessoa
deve procurar atendimento imediatamente. Quando o animal estiver aparentemente
saudável, ele pode ser observado por 10 dias. Caso adoeça, morra ou fuja nesse
período, é necessário procurar o serviço de saúde”, orientou.
Segundo Júlia Chaves, a necessidade de
vacinação e/ou uso de soro antirrábico é definida após avaliação clínica e
epidemiológica.
“A indicação vai depender da pessoa
exposta, do animal envolvido e da gravidade da lesão. Por isso, é essencial
procurar o atendimento médico para que a conduta correta seja adotada, conforme
cada caso”, reforçou.
A infectologista alertou ainda para a
gravidade da doença e a importância da prevenção.
“A raiva é uma doença gravíssima, e
praticamente todas as pessoas que desenvolvem a doença evoluem para óbito. Por
isso, é fundamental evitar qualquer tipo de contato com animais silvestres,
mesmo que pareçam dóceis. Não é adequado brincar, alimentar ou tocar esses
animais”, destacou.
O Alerta Epidemiológico nº 5 - Raiva
Humana está disponível para consulta através do link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/alerta-epidemiologico-n-05-raiva-humana.pdf
(Com SECOM)

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