sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

SAÚDE DA PARAÍBA ALERTA POPULAÇÃO SOBRE RISCOS E CUIDADOS EM CASOS DE ACIDENTES COM ANIMAIS SILVESTRES

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) divulgou, nessa quarta-feira (17/12), o Alerta Epidemiológico nº 5, que informa a ocorrência de caso suspeito de raiva humana no estado e reforça a necessidade de vigilância ativa, notificação imediata e adoção das medidas de prevenção e controle previstas nos protocolos do Ministério da Saúde.

A raiva é uma doença infecciosa aguda, de evolução grave e letalidade próxima de 100% após o início dos sintomas clínicos, transmitida principalmente pela saliva de animais infectados, por meio de mordidas, arranhões, lambeduras ou contato com mucosas e pele lesionada.
A SES reforça que toda situação de exposição deve ser prontamente avaliada nos serviços de saúde, garantindo a indicação adequada das medidas de profilaxia pós-exposição, que são eficazes quando iniciadas oportunamente.
Em situações de mordida, arranhão ou contato suspeito, a orientação inicial é lavar imediatamente o local do ferimento com água corrente e sabão, de forma abundante.
Caso estejam disponíveis, podem ser utilizados antissépticos como clorexidina ou iodo, sem substituir a necessidade de avaliação em serviço de saúde.
De acordo com a infectologista da SES, Júlia Chaves, a conduta adequada depende do tipo de animal envolvido, da lesão e da gravidade do caso.
A primeira medida é lavar bem o local com água e sabão. Em seguida, é fundamental procurar atendimento médico. Quando se trata de animais silvestres, como sagui, macaco, raposa, guaxinim, coati, gambá, capivara, cachorro-do-mato ou morcego, a orientação é buscar atendimento imediatamente após qualquer mordida ou arranhão”, explicou.
A médica destacou ainda que, nos casos envolvendo cães e gatos, a conduta varia conforme o estado do animal.
Se o animal apresentar comportamento estranho, sintomas neurológicos ou sinais de doença, a pessoa deve procurar atendimento imediatamente. Quando o animal estiver aparentemente saudável, ele pode ser observado por 10 dias. Caso adoeça, morra ou fuja nesse período, é necessário procurar o serviço de saúde”, orientou.
Segundo Júlia Chaves, a necessidade de vacinação e/ou uso de soro antirrábico é definida após avaliação clínica e epidemiológica.
A indicação vai depender da pessoa exposta, do animal envolvido e da gravidade da lesão. Por isso, é essencial procurar o atendimento médico para que a conduta correta seja adotada, conforme cada caso”, reforçou.
A infectologista alertou ainda para a gravidade da doença e a importância da prevenção.
A raiva é uma doença gravíssima, e praticamente todas as pessoas que desenvolvem a doença evoluem para óbito. Por isso, é fundamental evitar qualquer tipo de contato com animais silvestres, mesmo que pareçam dóceis. Não é adequado brincar, alimentar ou tocar esses animais”, destacou.
O Alerta Epidemiológico nº 5 - Raiva Humana está disponível para consulta através do link: https://paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/alerta-epidemiologico-n-05-raiva-humana.pdf
(Com SECOM)

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