segunda-feira, 29 de abril de 2013

INSTALAÇÃO DE UPS MUDA “FISIONOMIA” DO MUTIRÃO QUE JÁ FOI EXEMPLO DE BAIRRO VIOLENTO E SEM LEI.

(Jeferson: morto em combate)

Acompanhei ao longo dos anos, como repórter da TV Borborema, o crescimento populacional de um dos bairros mais carentes de Campina Grande: O Mutirão.A comunidade com cerca de quatro mil habitantes convive quase que totalmente sem infraestrutura. Existe a necessidade urgente de rede de esgoto e calçamento na maioria das ruas.

Foi nesse cenário de pobreza e carência que o crime se instalou!

Os anos de 2011 e 2012 foram marcados por todo tipo de violência.

Moradores foram expulsos de suas casas, assassinados, ameaçados, espancados e roubados.

Os traficantes impuseram quase que um toque de recolher e muitos comerciantes foram obrigados a “contribuir” com uma espécie de salvo-conduto para não ser importunados pelos criminosos.

Os bandidos arregimentaram crianças para vender o crack e a maconha. O mercado consumidor estava garantido.

Enquanto isso os índices de criminalidade aumentavam e o Mutirão estava entregue a própria sorte.

Mas a necessidade de cidadania falou mais alto. A paz era uma necessidade. Viver em paz era urgente!

A polícia se sentiu na obrigação de dar uma resposta aos moradores e chegou a fazer uma incursão durante uma madrugada na tentativa de prender os bandidos. Não houve êxito! O que se comentou, na época, é que os traficantes, ladrões e homicidas foram informados da presença da PM, bem antes dela chegar.

Prometeu-se, depois, uma Unidade de Policia Solidária para o bairro, mas a burocracia governamental tem que mostrar a sua face: nada é rápido e nada pode ser rápido!!!
É bem provável que, se o Mutirão tivesse policiamento “24 horas”, a morte do sargento do BOPE Jeferson de Lucena Santos de 29 anos poderia ter sido evitada.


O militar foi assassinado na noite de 17 de novembro de 2012 em confronto com bandidos.
Dias depois, em um cerco no bairro Bodocongó, a polícia prendeu o acusado, Henrique Barbosa Leão de 24 anos, considerado o chefe do tráfico no Mutirão, acusado também de homicídios e assaltos.

(Henrique : preso em Bodocongó após cerco da PM)


Não dava mais para esperar:
No dia 25 de janeiro/2013, foi inaugurada a UPS Mutirão. Uma conquista para o bairro e uma vitória da cidadania.

(UPS Mutirão: ocorrências policiais "zeraram")


O Te. Cel. Souza Neto comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar disse que “estava sendo plantada uma semente do bem para o bem de todos”.


(Ten. Cel. Souza Neto: " A  Polícia está presente")

A presença permanente da Polícia no bairro mudou radicalmente o cotidiano das pessoas. A sensação de segurança é uma realidade. A interação dos policias com os moradores criou
um conceito de proteção e um robusto elo de solidariedade.

Todos saíram ganhando.
A Polícia Militar feriu radicalmente e até mortalmente o tráfico na comunidade. Vem investindo nas crianças, jovens e adultos. A Polícia Retirou dos traficantes as principais “pontes de contato” entre eles e os usuários de droga.


(Crianças do Mutirão participam de atividades dirigidas pela PM)


E sem “mercado”, o tráfico teve que se mudar.

A PM investe em atividades culturais, esportivas e de cidadania.

Investe na dignidade e realiza sonhos.

Não. O Mutirão não é o paraíso, mas hoje está longe de ser uma “terra sem lei”. As ocorrências policiais “zeraram”.
Nada mais justo do que recuperar a alta estima de uma comunidade que já foi refém do medo, da violência e da tirania.

(Polícia Solidária e integração com moradores)


A polícia teve um papel fundamental neste processo de tranquilidade. É nela que os moradores estão depositando todas as expectativas e perspectivas para se consolidar no bairro o verdadeiro significado de cidadania.

Segurança existe! Falta agora retirar do papel as promessas e propostas de urbanização do bairro.

Essa parte cabe a prefeitura.


PEDREGAL: PRÓXIMO DESAFIO
A próxima investida da Polícia Militar é a instalação da UPS Pedregal que será inaugurada agora em maio.

(UPS do Pedregal: Em maio novo desafio para a polícia) 


O Pedregal tem um histórico de violência preocupante onde “marcam terreno” duas ou três gangs.

Nesse meio tem uma quase que absoluta maioria de moradores que trabalha, estuda e quer a mesma segurança alcançada pelos habitantes do Mutirão.
Essa realidade está próxima, garante Ten. Cel. Souza Neto.


Um comentário:

  1. Ao ler esta postagem foi como lê-se o jornal O DIA , jornal de circulação aqui no estado do Rio de Janeiro, a realidade é a mesma a vontade política diferencia neste senário onde na maioria das vezes a população sofredora aguarda um Homem Aranha como na ficção.
    Fico feliz em saber que em Campina Grande não será a sede da Copa do Mundo ou Olimpíadas
    Isso porque demonstra a certeza que existe a vontade política em melhorar a qualidade de vida das pessoas, não em montar um senário fictício para gringos .
    Hoje o estado do Rio de Janeiro é um canteiro de obras, Unidades de pronto atendimento a saúde são instaladas, faltam médicos principalmente pediatras.
    Unidades Pacificadoras são instaladas em comunidades e morros próximos ao Centro da Cidade, afugentam os bandidos que se instalam na zona oeste.
    A certeza que temos é que apenas as obras permaneceram, os projetos de pacificação e gestão da saúde pública está sendo resolvido com se fosse um comprimido paliativo, sem intervenção cirúrgica o problema apenas está afastado temporariamente.
    No Mutirão hoje existe Segurança, tranquilidade e a certeza de dias melhores, creio que a urbanização virá em breve.
    Ao Ten. Cel. Souza Neto, força, liderança, humildade e sucesso.
    Parabéns Campina Grande em fazer valer o direito da cidadania de sua gente.

    Um abraço,

    Fui...

    Geilson Carneiro

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