sábado, 17 de julho de 2021

COMO FOI A AÇÃO PC QUE DESMANTELOU QUADRILHA QUE ESTOURARIA BANCOS NA PARAÍBA

*Seis meses de investigação e em 15 dias a policia executou operações
*12 assaltantes presos e três mortos
*Três carros apreendidos, além de armas, dinheiro, munições e drogas

A GUERRA CONTRA AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSOSAS: 
O VOLUME DAS OPERAÇÕES POLICIAIS QUE TEM EVITADO ATAQUEM ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DA PARAÍBA
Os próximos dias certamente seriam de muitos prejuízos para moradores de João Pessoa e de outras duas cidades paraibanas - uma no Cariri e outra no Sertão.
Caixas eletrônicos de instituições financeiras seriam explodidos, deixando um grande estrago na economia dos municípios pequenos, principalmente.
A sensação de insegurança estaria mais elevada e, o que é mais temeroso nesta história, às organizações criminosas teriam bem mais dinheiro em caixa para potencializar outros crimes de roubo, tráfico de drogas e assassinatos.
Ou seja, o ciclo da violência que se alastra quando não é combatido.
Mas tudo isso não passou de possibilidade iminente.
Nas últimas duas semanas, a Polícia Civil da Paraíba presidiu investigações que foram decisivas para evitar ataques criminosos contra a economia e a paz social de pelo menos três cidades.
Quase ninguém percebe (e a discrição tem de ser essa mesmo), mas enquanto você 'folheia' este material, a Polícia Civil atua nos bastidores da Investigação, antecipando-se a crimes de diversas modalidades.
Um trabalho que "não aparece", mas resulta em mais segurança para a população da Paraíba e até de outros estados, já que as organizações criminosas de roubo a bancos não respeitam divisas.
DRACO
Um dos braços fortes nessa luta é a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), sediada em João Pessoa, mas presente em toda a Paraíba.
Nas duas semanas mencionadas, essa equipe foi linha de frente na desarticulação de nada menos do que 15 investigados por ataques a bancos e/ou carros-fortes no Nordeste, todos eles prestes a protagonizar suas ações criminosas.
No decorrer de um minucioso trabalho de investigação, em apenas duas semanas o grupo foi preso e neutralizado.
Em outras palavras, três ataques que estavam sendo planejados contra instituições financeiras deixaram de acontecer em João Pessoa, no Cariri e no Sertão da Paraíba, em um futuro próximo, graças às operações policiais que você verá a partir de agora.
JOÃO PESSOA, Janeiro de 2021
A informação se tornou pública há poucos dias, mas ela começou a ser trabalhada há seis meses, sem que você, claro, tivesse conhecimento do caso.
Policiais civis sem nenhuma espécie de identificação visível saíram em veículos também descaracterizados por ruas da capital paraibana, pontuando aqueles dados que acabaram de chegar ao conhecimento da equipe.
Era preciso conferir bem de perto o que já estava ganhando distância em direção ao interior do estado.
Investigar organizações criminosas não é fácil.
A não ser no dia e hora marcados da concretização dos crimes, esses grupos evitam andar armados, para não serem pegos em abordagens policiais.
Sem 'flagrantes' que justifiquem sua prisão e por vezes apresentando documentos falsos quando são parados em uma blitz, os membros dessas quadrilhas não passam de inocentes até que se prove o contrário.
É preciso monitorar cada passo dos criminosos para surpreendê-los no momento certo.
CAMPINA GRANDE, Junho de 2021
O Renault Sandero vermelho, de placa POJ 7794, que já estava sob as anotações da DRACO e da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio de João Pessoa, não quis seguir a ordem de parada da Polícia Militar, numa blitz de rotina em Campina Grande, no dia 27 de junho de 2021.
Por algum motivo, o condutor do carro preferiu ignorar a barreira policial e seguiu em disparada.
Uma guarnição da PM iniciou uma perseguição e, na fuga, os criminosos perderam o controle do veículo, bateram o carro e fugindo pelo matagal, já na zona rural de Boa Vista.
Eles fizerem um agricultor da região refém, de modo que, à noite, esse cidadão levasse os fujões até um local onde os comparsas da dupla estariam aguardando.
Esse resgate seria feito por membros da quadrilha em um Gol de cor branca. O que eles não sabiam é que o carro - de placa ORR 1808 - também já constava nas anotações das equipes de investigação e também vinha sendo monitorado pelas polícias Civil e Rodoviária Federal.
Ao passarem em determinado trecho da BR 230 em Campina Grande, equipes da DRACO e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) deram ordem de parada aos ocupantes do carro.
Os criminosos reagiram com tiros, dando início a um tiroteio que resultou na morte de três homens que iriam resgatar a dupla do Sandero.
Era o início da desarticulação da quadrilha que já tinha planos de realizar pelo menos três assaltos a instituições financeiras na Paraíba.
PATOS, 10 de Julho de 2021
O grande 'radar' em que se transformou a Polícia Civil da Paraíba em busca de organizações criminosas especializadas em ataques a instituições financeiras detectou movimentações suspeitas no Sertão paraibano.
As polícias Militar e Rodoviária Federal entraram na 'guerra', bem como o Corpo de Bombeiros, formando a Operação Máchi.
No dia 10 de julho, a união das forças de segurança prendeu 08 suspeitos de envolvimento em ataques a bancos, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e roubo de gado.
Entre os presos, consta um policial militar de Brasília.
Ele seria o homem responsável pela segurança do grupo.
 Além de munições e armas, a Operação centralizada no município de Patos apreendeu aproximadamente cem mil mudas de maconha, na cidade de Janduís/RN. No local, havia três tendas já armadas para acampamentos, redes de dormir e vários utensílios.
Era um tipo de ponto-base tanto para fiscalizar o plantio da droga como para servir de alojamento aos assaltantes de banco.
BREJO DO CRUZ, dois dias depois
A investida policial contra os oito membros do grupo, no dia 10 de julho, não se deu por satisfeita. Era preciso prender mais pessoas dessa quadrilha, conforme apontava a investigação.
Bastaram 48 horas.
No dia 12, equipes das polícias Civil e Militar prenderam mais um nome do grupo, no município de Brejo do Cruz.
Ele estava com uma pistola Glock, a quantia de “14 mil reais” e 12 celulares.
JOÃO PESSOA, um dia depois
No dia 13 de julho, o 'radar' se voltou ao início dos trabalhos.
As polícias Civil e Rodoviária Federal agiram juntas novamente e descobriram o paradeiro de outros três investigados.
Eram os mesmos que abandonaram o Sandero vermelho na zona rural de Boa Vista.
Eles foram presos no bairro Costa e Silva, na capital paraibana, com um Fiat Toro de cor branca e placa OEZ 05322.
O terceiro na lista de anotações.
(Saulo Nunes/ Assessoria PC/PB)

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