quinta-feira, 16 de março de 2023

BRAISCOMPANY UM MÊS DEPOIS DA OPERAÇÃO: NEM PRISÕES, NEM DINHEIRO DOS INVESTIDORES

Hoje (16) faz um mês que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizaram uma operação em Campina Grande que caiu como uma bomba.
O alvo foi a Braiscompany.

O objetivo foi combater crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
Os crimes foram cometidos por sócios da empresa especializada em criptoativos.
Nos últimos quatro anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente “1,5 bilhão de reais” em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Durante a operação foram cumpridos, oito Mandados de Busca e Apreensão na Braiscompany em Campina Grande, numa residência em Lagoa Seca, e ainda em João Pessoa, além de São Paulo.
O casal de sócios fundadores, Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias Campos, está sendo procurados pela Polícia Federal.
Contra o casal foi expedido um Mandado de Prisão Preventiva da   4ªVara da Justiça Federal.
A operação foi denominada “Halving”, uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.
A empresa não funciona mais.
Mas após um mês, nem os sócios foram presos, nem os investidores tiveram suas aplicações financeiras de volta.
Em Campina Grande, em cada “esquina”, é fácil encontrar alguém que “investiu dinheiro na Braiscompany”, do pequeno ao grande.
Era muito fácil: bastava ter dinheiro, colocar na “Brais”, e receber os juros.
Com uma mídia atraente, envolvente, forte, persuasiva e contundente, a empresa era a queridinha do momento no mercado de criptoativos.
O dono, Antônio Neto, não deixava brecha para dúvidas ou insinuações.
Deixava claro que investir na “Brais” era negócio lucrativo, seguro e de gente inteligente.
Não se tem ideia de quantas pessoas investiram dinheiro na promessa de um bom lucro, no mínimo de “5 por cento” de juros.
A empresa chegou até a pagar mais.
A situação começou a preocupar quando a partir de dezembro “o lucro” deixou de cair na conta dos clientes.
Foram investimentos de diversos valores: somas consideradas “pequenas” a até milhões de reais.
O Ministério Público da Paraíba ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) pedindo o bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios.
Os prédios em Campina Grande e João Pessoa foram desocupados nesta semana.
(Por www.renatodiniz.com)

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