Hoje (16) faz um mês que a Polícia
Federal e o Ministério Público Federal realizaram uma operação em Campina
Grande que caiu como uma bomba.
O alvo foi a Braiscompany.
O objetivo foi combater crimes contra o
sistema financeiro e contra o mercado de capitais.
Os crimes foram cometidos por sócios da
empresa especializada em criptoativos.
Nos últimos quatro anos foram
movimentados valores equivalentes a aproximadamente “1,5 bilhão de reais” em
criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Durante a operação foram cumpridos, oito
Mandados de Busca e Apreensão na Braiscompany em Campina Grande, numa
residência em Lagoa Seca, e ainda em João Pessoa, além de São Paulo.
O casal de sócios fundadores, Antônio Neto
Ais e Fabrícia Farias Campos, está sendo procurados pela Polícia Federal.
Contra o casal foi expedido um Mandado
de Prisão Preventiva da 4ªVara da Justiça Federal.
A operação foi denominada “Halving”, uma
alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada
quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.
A empresa não funciona mais.
Mas após um mês, nem os sócios foram presos, nem os
investidores tiveram suas aplicações financeiras de volta.
Em Campina Grande, em cada “esquina”, é
fácil encontrar alguém que “investiu dinheiro na Braiscompany”, do pequeno ao grande.
Era muito fácil: bastava ter dinheiro,
colocar na “Brais”, e receber os juros.
Com uma mídia atraente, envolvente, forte,
persuasiva e contundente, a empresa era a queridinha do momento no mercado de
criptoativos.
O dono, Antônio Neto, não deixava brecha
para dúvidas ou insinuações.
Deixava claro que investir na “Brais”
era negócio lucrativo, seguro e de gente inteligente.
Não se tem ideia de quantas pessoas investiram
dinheiro na promessa de um bom lucro, no mínimo de “5 por cento” de juros.
A empresa chegou até a pagar mais.
A situação começou a preocupar quando a
partir de dezembro “o lucro” deixou de cair na conta dos clientes.
Foram investimentos de diversos valores:
somas consideradas “pequenas” a até milhões de reais.
O Ministério Público da Paraíba
ingressou com uma ação no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) pedindo o
bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e de seus sócios.
Os prédios em Campina Grande e João
Pessoa foram desocupados nesta semana.
(Por www.renatodiniz.com)
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