A cantora Preta Gil, de 50 anos, contou no domingo (08/09) que descobriu que o câncer retornou durante uma bateria de exames de check-up.
"Eu estava assim, desencanada,
feliz. Fui para o hospital fazer o check-up tranquila e aí, de repente, vem uma
surpresa nada agradável como essa no exame de rotina. Agora com a presença de
quatro focos de tumor no meu organismo", disse Preta Gil, em
entrevista à jornalista Maju Coutinho, do Fantástico.
A cantora foi diagnosticada pela
primeira vez com câncer em 2023, na época, a doença acometia o intestino.
Foram meses de internações e
procedimentos.
Em dezembro, ela anunciou que estava
curada.
Agora, ele retoma as forças para buscar
uma nova vitória sobre o quadro clínico.
"Eu sou uma Preta mais forte em
vários aspectos e hoje eu tenho mais sede de viver ainda. Eu acho que dessa vez
pode até ser mais difícil por um lado, mas eu vou encarar com ainda mais
dignidade e coragem [...] Eu faço questão de falar abertamente, justamente com
essa intenção [de empoderar] assim, de que as pessoas não se envergonhem, que elas
peçam ajuda, que elas se cerquem de pessoas que as amam, porque cada um reage
de uma maneira, mas isso é muito importante: rede de apoio".
Além do anúncio do retorno do câncer, um
dos assuntos que mais chamaram atenção em torno de Preta Gil nos últimos dias
foram o conselho que ela recebeu do pai, Gilberto Gil.
O cantor afirmou que "se
[a batalha] estiver sendo muito difícil, e se for sua hora, aceite",
o que gerou comentários nas redes sociais.
Preta Gil, por sua vez, vê o pai como um
homem sábio e encarou o conselho de sua própria forma.
“O meu pai é um ser humano evoluído, ele tem
uma relação com a finitude diferente de nós. Uma conversa que eu tive com ele
na UTI, quando eu tive a septicemia no ano passado, e ele viu que eu estava
lutando pela minha sobrevivência, ele sentiu isso e me deu um conselho assim:
'Se estivesse pesado para mim, naquele momento, e que eu não quisesse mais, que
eu fosse'. Foi de uma coragem... é uma prova de amor você dizer para um filho,
se você não estiver aguentando, vá, né? E aquilo bateu em mim como um sopro de
vida. E eu falei: 'Não, não quero, não é a minha hora'”.
Para além de continuar viva, a artista
acredita que seja importante manter o assunto em pauta, pois passar pelo
tratamento é algo desafiador para o paciente e para sua rede de apoio.
"Em seis meses, quatro tumores
cresceram. Não é fácil, mas a gente não tem outra opção a não ser encarar. Tudo
nessa doença é um grande tabu. Eu amputei o reto e não posso ter vergonha,
porque é a minha realidade. As pessoas acham que eu fiz essa cirurgia
agora. Não. Esta cirurgia eu fiz há um ano atrás. Agora, estou em um novo
tratamento, com novos focos, em tumores que também serão sanados, também serão
curados com toda minha fé".
(terra.com.br)
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