O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB)
decidiu, nesta terça-feira (23/09), manter preso o influenciador Hytalo Santos
e o marido dele, Israel Nata Vicente, após analisar um pedido de habeas corpus.
O julgamento aconteceu na Câmara Criminal,
em João Pessoa.
O desembargador relator do caso, João
Benedito, disse em seu voto para manter a prisão que apesar de não haver
medidas cautelares contra os investigados, a ida de Hytalo Santos e do marido
para São Paulo durante investigações pode ser considerado um problema, porque o
período de ambos no estado se "estendeu" e aconteceu muito próximo ao
período de buscas e apreensões na casa do influenciador.
Em seu voto, ele também citou que o pedido
de Prisão Preventiva foi fundamentado com provas, testemunhas, relatos e outros
aspectos que não são somente matérias jornalísticas, como os advogados haviam
alegado no pedido de soltura.
“Eu estou entendendo que é
necessário manter a prisão pelo menos por enquanto. Há necessidade de produzir
provas em audiência, porque se não a prova vai ficar efetivamente prejudicada”,
afirmou o desembargador João Benedito durante a sessão.
O desembargador Carlos Beltrão seguiu o
relator integralmente e acrescentou que nas investigações e no pedido de prisão
preventiva existe provas para manter a prisão.
O desembargador Joás de Brito também
seguiu o relator, resultando em uma votação unânime na Câmara Criminal para
manter a prisão.
Hytalo Santos e marido foram presos em São
Paulo no dia 15 de agosto.
Depois, foram transferidos para o Presídio
do Róger, onde estão detidos de forma preventiva desde o dia 28.
Eles são investigados por tráfico de
pessoas e exploração de menores por conta da produção de conteúdo para as redes
sociais com a presença de menores de idade.
A defesa de Hytalo Santos entrou com o
pedido de habeas corpus na Justiça da Paraíba com a alegação de que a prisão
preventiva estava baseada em matérias jornalísticas, sem provas robustas ou
risco de fuga do casal.
Antes do pedido de liberação ter sido
julgado pela Câmara do Tribunal de Justiça nesta terça-feira, inicialmente uma
juíza de plantão negou a soltura e, posteriormente, o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) também indeferiu a liberdade do casal, após recurso. Também foi
negado, nas duas oportunidades, o relaxamento da prisão e substituição para
medidas cautelares.
(Do g1 PB)
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