segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

'EU NEM A CONHECIA', DIZ HOMEM PRESO APÓS ATROPELAR MULHER EM SP. VÍTIMA TEVE AS PERNAS AMPUTADAS

Douglas Alves da Silva, 26 anos, investigado por atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, 31 anos, por um quilômetro na zona norte de São Paulo, chegou ao 90º Distrito Policial na tarde de hoje (1º/12) para prestar depoimento.
Ele disse à imprensa que não conhecia a mulher.

"
Nem conhecia a menina", afirmou, ao ser questionado pelo UOL sobre a motivação do crime.
A Prisão Temporária foi mantida em audiência de custódia.
A audiência serve para que a Justiça entenda se alguma violação de direito aconteceu durante o cumprimento do mandado.
Segundo a polícia, Douglas resistiu à prisão, realizada ontem (30/11), e foi atingido no braço por um tiro.
O relato de policiais que participaram da prisão é de que o motorista tentou tirar arma de um investigador, que fez o disparo.
Pai da vítima o conhecia, diz delegado.
"As testemunhas - o pai, inclusive -, o conheciam. Eu creio que ali, na própria comunidade onde se encontravam, todos já têm essa informação, de que eles tinham um relacionamento anterior. Ainda que fosse breve, só de ficar", afirmou ao UOL o delegado Augusto Bicego.
O suspeito chegou à delegacia sem advogado.
A polícia vai ouvir mais testemunhas, incluindo amiga da vítima. 
Foi uma amiga de Tainara que informou a polícia que o caso não se tratava de apenas um atropelamento, dando a entender que ambos se conheciam.
A reportagem apurou que a mulher teve graves ferimentos nas nádegas, olho e cabeça, além de ter tido as pernas amputadas.
'QUIS DAR UM SUSTO'
Em depoimento, Douglas disse que seu amigo se desentendeu com o homem com quem a vítima estava, informou o delegado.
O suspeito afirmou que interveio na discussão entre os dois e tomou uma garrafada no rosto, e que depois ele saiu de carro com o amigo.
Momentos depois, ele afirmou que viu a vítima caminhando com o homem e decidiu "dar um susto" no casal.
No entanto, Douglas alegou que a mulher teria se "projetado" contra o carro e sido atropelada.
O suspeito também disse que percorreu mais de 1 km com a vítima presa ao veículo porque o som do carro estava alto.
Ao ser questionado sobre ter arrastado a mulher, voltou a citar o volume do som e afirmou que os vidros do carro estavam fechados.
O amigo disse que Douglas tinha histórico de relacionamento com a vítima.
Ao UOL, o delegado comentou que o amigo dele já conhecia a vítima.
O suspeito teria ficado "enfurecido", segundo o delegado, ao ver Tainara com outro homem.
O amigo de Douglas afirmou à polícia que ele não gostou de ter visto Tainara acompanhada.
Após o atropelamento, outras pessoas que estavam no local tentaram intervir.
Segundo o depoimento, Douglas acreditou que o carro estava com problema mecânico, pois não conseguia sair, e por isso acelerou mais.
Ele também achou que as pessoas que batiam no vidro do veículo queriam agredi-lo.
O veículo utilizado no crime vai passar por perícia e permanece na delegacia.
Homem diz que se arrependeu
"Não foi querendo. Me arrependi desde a primeira hora", disse o homem na saída da central de flagrantes, pouco antes de passar pela audiência de custódia.
Ele atropelou Tainara Souza Santos, 31, propositalmente na saída de um bar no sábado, afirmaram testemunhas.
Imagens mostram que ela foi arrastada pela avenida Morvan Dias de Figueiredo.
A mulher foi arrastada por cerca de um quilômetro antes de ser abandonada ferida.
Ela teve as duas pernas amputadas e está internada intubada no Hospital Municipal Vereador José Storopolli.
Douglas fugiu após o crime e foi preso na noite de ontem. Testemunhas contaram à polícia que ele conhecia a vítima e que os dois teriam discutido no bar onde ela estava, conforme informações do boletim de ocorrência.
(Do Uol)

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