A Polícia Federal pediu à Justiça a
prorrogação, por mais 15 dias, do inquérito que investiga o atentado contra o
deputado federal Jair Bolsonaro – candidato à Presidência da República pelo
PSL, ocorrido no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira.
De acordo com o delegado Regional de
Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Rodrigo Morais, perícias ainda
estão sendo feitas no material que foi apreendido em posse do agressor confesso
Adélio Bispo de Oliveira.
De Juiz de Fora, em contato por
telefone, o delegado responsável pelo inquérito que investiga o atentado disse
à TV Globo que o caso deve ser relatado antes do prazo.
Como já afirmou anteriormente, Morais
continua descartando a participação de outras pessoas no dia do ataque.
“A instauração de um segundo inquérito para
investigar o envolvimento de mais suspeitos na elaboração do crime deve ser
feita imediatamente após conclusão do primeiro”, completou.
Sobre a decisão da Justiça Federal, que
autorizou a realização de um novo exame psiquiátrico em Adélio Bispo a pedido
da defesa – que pretende comprovar insanidade mental, Morais disse que é tese
de defesa e é indiferente à investigação.
Todo material apreendido durante as
investigações – um notebook, quatro
aparelhos celulares e documentos, além de computadores de uma lan house – está sendo periciado na superintendência da PF, na
capital mineira.
O agressor de Bolsonaro foi indiciado no
dia 7 pela PF pelo crime de "atentado
pessoal por inconformismo político" com base no artigo 20 da Lei de
Segurança Nacional.
Nesta semana, a PF voltou a ouvir o
agressor, preso em penitenciária de Campo Grande.
O candidato está internado no Hospital
Albert Einstein, em São Paulo.
INSANIDADE
MENTAL
O juiz federal Bruno Souza Savino, da 3ª
Vara Federal da Subseção Judiciária de Juiz de Fora, proferiu decisão sobre o
pedido da defesa do investigado Adélio Bispo de Oliveira, de realização de novo
exame, com médico psiquiatra particular. Conforme a decisão, “neste
momento procedimental, o atendimento do investigado por médico psiquiatra visa
a produzir laudo técnico para subsidiar a decisão deste juízo acerca da
instauração ou não de incidente de insanidade”.
(Por Fernando Zuba, TV Globo – Belo Horizinte/MG)
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