A Polícia Federal apreendeu, durante a operação dessa quarta-feira (3/12) na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba/PR, um vídeo intitulado “festa da cueca”.
A gravação teria sido usada para
chantagear magistrados em um esquema de direcionamento de sentenças, e mostra
integrantes da vara em um quarto de hotel cinco estrelas de Curitiba com
garotas de programa.
A coluna apurou que esses encontros
aconteciam mensalmente, e eram financiados por escritórios de advocacia.
A operação da PF foi determinada pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e teve como foco
investigar suspeitas de que informações confidenciais eram usadas para
pressionar decisões da vara que foi responsável pela Operação Lava Jato.
Além do vídeo, os agentes recolheram
versões físicas de processos e documentos de investigações conduzidas antes da
Lava Jato.
No pacote, teriam informações relacionadas
ao empresário Tony Garcia, que atuou como informante em apurações comandadas
pelo então juiz Sérgio Moro, e dados envolvendo acordos de colaboração do
doleiro Alberto Youssef.
Em junho de 2024, um relatório do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) já havia apontado possíveis desvios de recursos
públicos praticados por juízos que atuavam na Vara em casos ligados à
Petrobras.
O documento afirma que Moro, quando
magistrado, teria agido em parceria com Deltan Dallagnol e a juíza Gabriela
Hardt para destinar R$ 2,5 bilhões à criação de uma entidade privada.
À época, Moro negou as acusações e
classificou o relatório como “ficção”.
(Metrópoles)

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